Por muito tempo, feedbacks não foram as melhores práticas organizacionais. Tanto se deve a muitos gestores que não possuíam a habilidade – alguns ainda não possuem – de transformar o momento do feedback em uma chance de trocas produtivas e de aprendizado. As devolutivas eram tensas, em um tom de cobrança exacerbado, com palavras mal escolhidas que pouco contribuíam para seu crescimento. A contrário desestimulava os colaboradores a progredir. Assim, é importante ressaltar que, para um feedback efetivo, o caminho se inicia muito antes da oportunidade de um diálogo bom e construtivo. As bases do bom feedback são a confiança que se constrói no dia a dia, o compromisso com a verdade, a expressão genuína de interesse do líder por seu liderado e seu desenvolvimento, ou seja, estruturar este percurso requer uma construção cotidiana para que o feedback seja verdadeiramente sólido e possibilite a evolução não só de uma relação de trabalho como também dos profissionais envolvidos. Desta forma, até mesmo os feedbacks corretivos que visam acertar rotas e realinhas objetivos e metas, podem ser melhor aproveitados. Para que haja real utilidade do feedback trocado – por que não –, seguem algumas orientações a serem construídas entre gestor e seu colaborador:
1. Evitar reações instantâneas: as reações instantâneas são compreensíveis, porém podem mais comprometer do que especificamente abrir horizontes que eliminem o conflito e tragam a solução.
2. Sempre pergunte por mais informações: um feedback construtivo deve ser alimentado por boas e importantes informações, aquelas que sejam relevantes às discussões levantadas mesmo que não compactuem com a forma de pensar dos participantes deste momento, toda informação que agrega e provoca é útill.
3. Evite vitimizações: somos sempre protagonistas de nossas escolhas. Fazermos das trocas que recebemos um ataque faz com que fiquemos na defensiva e não aproveitemos as oportunidades de crescimento.
4. Lembre-se de que mudar é apenas uma questão de opinião: se mudar for uma oportunidade de progresso, deve-se aceitá-la como uma chance de mudar o status quo e sair da zona de conforto. Estacionar é não aproveitar oportunidades de evolução e sucesso.
E, finalmente, construir afirmações positivas para cada feedback negativo. Os líderes devem oferecer cinco afirmações positivas, com frases encorajadoras para cada crítica negativa. Isto porque o cérebro humano costuma fixar-se mais no negativo, em detrimento do positivo. Entretanto, que fique claro: a contribuição deve ser verídica sobre aspectos de ganho e conquistas que o colaborador tenha demonstrado. Encorajar alimenta o crescimento individual. Agora, ótimos diálogos!
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