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Brainstorming 01: As perguntas são mais importantes do que as respostas


Originariamente, o termo se refere à agitação da atmosfera que conduz a fenômenos como rajadas e chuva. A noção, no entanto, pode ser utilizada para se referir simbolicamente a algum tipo de choque. Neste sentido, surge o conceito de brainstorming (tempestade de ideias), uma técnica de trabalho de que possui a intenção de encontrar soluções e desenvolvimento para novos projetos, que respondam a um desafio ou ainda solucionem um problema. A técnica procura explorar a criatividade de cada pessoa, oferecendo a ela a oportunidade de contribuir sem restrições, ou julgamentos uma vez que, como regra básica desta atividade, todos – em um primeiro momento são convidados a contribuir sem críticas iniciais isto para aumentar a capacidade individual de interações no seio do grupo. Posteriormente, há um agrupamento de ideias por temas comuns para que, só então, se iniciem os trabalhos de depuração daquilo que foi trazido como uma contribuição sincera.

Neste exato instante, as perguntas que antecedem estas contribuições são grandes norteadoras do sucesso do Brainstorming. Explico: quando se deseja orientar uma equipe para sua maior efetividade, quem lidera este momento deve extrair de seus colaboradores o seu melhor através de uma colaboração genuína e interessada no que se está em pauta para envolver inclusive aqueles que se mostram mais ausentes. Como a metodologia não exige que ninguém defenda seus pontos de vista de imediato, muitos se sentem dispostos a falar. Além do que focar em perguntas também inibe a ansiedade automática de dar respostas que atendam a expectativa já criada sobre este encontro e, finalmente, ajuda a expandir o problema para que este seja explorado em profundidade. Vamos a um passo a passo produtivo?

  • Estabelecer três regras básicas:

  1. Em um primeiro instante, as pessoas só podem contribuir com perguntas. Se houver sugestões e premissas, o condutor do brainstorming deve reconduzir as pessoas às perguntas dizendo que esta contribuição deve ser dada a posterior.

  2. Preâmbulos e justificativas sobre as perguntas não são permitidos porque influenciam os participantes a pegarem “carona” na ideia alheia e mascararem a sua.

  3. Compartilhar emoções uma vez que, quando as declaramos, preservamos nossa energia criativa.

  • Expor o problema a ser compartilhado em, no máximo, cinco minutos de forma objetiva e prática. Mais do que isso já se mostra uma inclinação para conduzir a forma de pensar das pessoas.

  • Pedir ao grupo que contribua com o maior número de perguntas possível. Estas devem ser curtas, simples e originais que devem ser anotadas ou por quem conduz o processo ou por alguém designado para tanto.

  • Um tempo máximo deve ser estabelecido: como 15 a 20 minutos. A saber, segundo diversos estudos, pressões moderadas de desempenho podem estimular o output criativo.

  • Selecionar as perguntas mais intrigantes ou que causem desconforto, pois estas desafiam os pressupostos iniciais, abrindo ângulos que podem levar a mudanças generativas.

  • Responda a estas perguntas com atenção e cuidado com o auxílio da equipe e, posteriormente, com alguns membros desta para que o conteúdo seja mais depurado.

Este é o brainstorming verdadeiro, não aquela chuva de palavras ou frases que podem tomar muito mais do precioso tempo das organizações e das pessoas do que as levar a uma solução efetiva de uma situação demandante. Aqui pode residir também o antídoto para as intermináveis reuniões vazias.


OBS: No próximo blog, traremos sugestões de perguntas a serem trabalhadas em uma equipe para que ela as possa utilizar como ferramenta de Brainstorming.

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