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GAMIFICATION: Efetivo ou apenas uma febre organizacional?


A palavra gamification invadiu os espaços organizacionais brasileiros. Vale compreender um pouco mais sobre o assunto uma vez que seus resultados podem ser o engajamento alimentado por um alto índice de energia, comprometimento, resiliência, entusiasmo e busca por desafios. Não, não é um milagre. Mas sim uma ferramenta séria que, se bem utilizada, pode contribuir e muito para inúmeras áreas e suas entregas constantes. A saber: um dos primeiros estudiosos sobre o tema foi o chinês Yu-Kai-Chou, que definiu gamification como o design de games que coloca a motivação humana no processo. É colocar diversão e os elementos de games em atividades produtivas.

Em 2014, desenvolveu em um desenho de forma octagonal, a estrutura do gamification. O foco no desenho humano considera os sentimentos dos jogadores, inseguranças, motivações e o engajamento. Para Chou, os games têm o propósito de agradar o jogador para motivá-lo a jogar e mantê-lo feliz. Baseado nesta teoria, desenvolveu o Octalysis, uma estrutura em formato octagonal com oito unidades diferentes, baseado nos sentimentos humanos. Cada lado possui uma unidade, a primeira possui o nome de "Significado Épico e o Chamado", a segunda, "Desenvolvimento e Realização", a terceira, "Fortalecimento da Criatividade e Feedback", a quarta unidade de "Propriedade e Posse", a quinta de "Influência Social e Associações", a sexta, "Escassez e Impaciência", a sétima unidade é a "Imprevisibilidade e Curiosidade" e a oitava e última unidade refere-se à "Perda e o Temor". De acordo com seu criador, para a implantação do gamification baseado no Octalysis, deve ser usada pelo menos uma das principais unidades, depois conforme vai se desenvolvendo, deve-se inserir outras unidades, elevando o nível e, consequentemente, a resposta do jogador. O gamification, então, é capaz de desenvolver competências e mudar comportamentos, isto porque o desenvolvimento de competências está relacionado a mudanças interiores do indivíduo e um dos fatores que despertam no indivíduo para a necessidade de mudança está ligado ao engajamento, que, conforme se relacionam, podem despertar o engajamento estimulado pelos games para despertar a chama interna da motivação à medida que se buscam respostas para chegar ao final do processo proposto pelo game. O melhor? Os games são jogados de modo coletivo, despertando a cooperação em um time o que pode afetar toda uma cultura organizacional.

Pensemos: o envolvimento de uma pessoa ocorre quando esta sabe o que se espera dela, o que precisa realizar além de receber o Feedback sobre o seu trabalho, sentindo-se significante e conhecendo as chances que possui de melhoria e desenvolvimento, há o despertar de suas competências. E, quando o despertar de suas competências vem por um game, o colaborador pode perceber de modo natural que ele é capaz de dar o seu melhor para a execução de uma tarefa, entendendo-se comprometido com o resultado. Assim, abrem-se possibilidades de melhoria e inovação, desenvolvendo a vantagem competitiva das organizações que reside – também – em seu capital intelectual. Vale saber mais e abrir espaço nas empresas para que o gamification seja visto como uma alavanca de sucesso.

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