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“Precisamos olhar para o que dá certo com as pessoas.”

(Martin Seligman)

O título acima é uma afirmação de Martin Seligman que foi presidente da Associação Americana de Psicologia (APA), o qual inaugura os conceitos acerca da Psicologia Positiva, um movimento científico recente, que começou no final da década de 1990. Essa construção surgiu de um incômodo, de uma lacuna percebida e que precisava ser preenchida. A Psicologia até então, mais precisamente ao longo do século XX, tinha se encarregado muito bem dos problemas e patologias, se ocupando com o que havia de errado com as pessoas, com o que não funcionava. Esse processo foi fundamental para o desenvolvimento e estruturação da ciência psicológica, pois hoje temos conhecimento para diagnosticar e tratar diversos transtornos mentais, que antes não tinham socorro. Porém, o outro lado, o lado que funciona, havia ficado descoberto. Contudo, a Psicologia Positiva traz um enfoque científico para esse funcionamento positivo do ser humano. Ao mesmo tempo, Tal Ben-Shahar, um dos principais expoentes da Psicologia Positiva, apresenta a mesma como uma ponte entre os estudos científicos e a facilidade proposta pela literatura de autoajuda. Esta abordagem torna mais acessível o conhecimento produzido com rigor científico de forma que todos possam se beneficiar dos seus resultados.

Estamos falando de Psicologia Positiva como ciência aplicada e acessível. A natureza da Psicologia Positiva é focar no que funciona. Assim, alguns terapeutas se detém em questões que visam instigar as pessoas a refletirem sob uma abordagem mais, este é o termo, positiva. Por exemplo: O que está funcionando em sua vida hoje?, Quais são as suas qualidades?, O que você reconhece fazer bem? E por quê? Pois ao mudar as perguntas, mudamos o foco e mudamos a realidade uma vez que iniciamos por reestruturar modelos mentais. Enquanto perguntamos sobre o que vai mal, sobre o que não funciona, as pessoas vão procurar respostas pra isso. Entretanto, ao fazermos o movimento de investigar o que vai bem, as pessoas passam a procurar outro tipo de resposta, o olhar muda a direção; podendo as levar à percepção de que possuem em si instrumentos para superar suas dificuldades.

O objetivo da Psicologia Positiva, como aponta Martin Seligman, é catalisar uma mudança na Psicologia, saindo de uma preocupação em reparar as coisas que estão ruins, passando para a construção do que promove qualidade de vida. Não se trata de ignorar o que não funciona, mas também não ignora o que está funcionando bem; mas sim somar energias e forças para atuar de modo assertivo naquilo que precisa ser mudado com uma perspectiva de sucesso. E o ambiente corporativo abraça esta ideia? Um pouco reticente – ainda –, porém já vem percebendo que demandas severas, entregas exigentes e prazos estreitos são cumpridos mais eficazmente se o colaborador compreende seu propósito naquela demanda, seu valor e o quanto agrega. Ser apenas mais uma parte do sistema está perdendo forças e trazendo mazelas para as organizações. É preciso mudar a ótica de ver os fatos, afinal, se de insucessos e derrocadas fossem forjadas as empresas, não haveria uma aberta para contar sua história!

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